quinta-feira, 21 de julho de 2011
CRIME E CASTIGO
Perdoem o desabafo, mas se me afigura criminosa a servil complacência dos governículos no concernente à segurança, saúde , educação e saneamento básico. Não obstante a poderosa carga propagandística oficial, pregoeira de um falso desenvolvimento , verdade que reina a miséria em nossa combalida nação. A corrupção e a impunidade campeiam, livremente. Inflação de novo, em alta. Triste exemplo vem lá de cima, das hostes plalacianas. Politicóides - sempre os mesmos - a forrar seus alforges e a rirem, desbragadamente, nos convescotes, reuniões, passeios turísticos e festanças realizadas com o dinheiro público. É um Deus nos acuda, um salve-se quem puder! Políticos e seus apadrinhados a engordarem com polpudos sub$ídios, enquando pobres assalariados percebem irrisória remuneração, em afronta aos mais comezinhos princípios da equidade. Manifestamente ilusório o progresso alardeado pelos apátridas e vendilhões do templo, distorcendo uma conjuntura que discrepa, flagrantemente, da nossa realidade fática. Tais mistificações subestimam a mediana inteligência de um povo que definha à míngua de recursos elementares para sua subsistência. A segurança é caótica. Urge uma reforma da lei penal e vigorosa contraofensiva de parte dos responsáveis, aliada à adoção de penas draconianas, com severa punição e castigo exemplar aos infratores. Até aqui, tudo errado: com o desarme dos cidadãos de bem e ferrada até os dentes a marginália, com metralhadoras e arsenal de grosso calibre! População confinada atrás de muros, grades e arame farpado, delinquentes à solta, nas ruas, assaltando e roubando, impunemente. Policiamento preventivo inexistente, à falta de recursos materiais e humanos para fazer frente à bandidagem. Cofres públicos raspados por força de desvios, sinecuras, nepotismo, reformas desnecessárias, obras suntuosas, de par com a incompetência da maioria dos nossos representantes. A educação, o ensino público, um descalabro. Ah! dirão alguns ingênuos e desavisados: vamos sediar a copa do mundo e seremos campeões...Grande coisa! Enquanto isso, vultosas verbas são carreadas para financiar a construção de imponentes estádios de futebol, com malversação de recursos, em detrimento dos primordiais valores que haveriam de beneficiar uma população desassistida e carente do mínimo essencial para sua sobrevivência. Esse, afinal, o castigo pela alienação, inoperância e passividade de um povo submisso e explorado pelos politiqueiros e espertalhões de sempre.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
DESVALIA DA POSE
Levar vantagem em tudo, a regra. Desapego, hoje, figura de retórica! Criaturas voltadas para si, ególatras por ambição. Venerado como um deus, o vil metal rege o conturbado viver de uma maioria fixada em poses e aparências. Pobres de espírito, ensimesmados, a se enlamear no lodaçal das suas vaidades... A vaguear, obcecados pela imagem refletida nos olhos dos outros. Caprichoso, o destino cedo ou tarde irá despertá-los do torpor dessa miragem. A empáfia e a arrogância, próprias desse frívolo proceder, trazem à baila o escárnio de Fernando Pessoa: “Nunca conheci quem tivesse levado porrada...” Ou a ferina ironia de Schopenhauer, ao relatar os atos de execução de um condenado à morte, que havia solicitado, como último desejo, lhe fosse permitido tomar banho e fazer a barba. Indagava o filósofo: que importância teria, para um imbecil que ia morrer, o que dele poderiam pensar os assistentes, um bando de paspalhos? Coloco em realce tais adendos para evidenciar os males que infernizam o existencial, advindos da soberba, ganância e emulações, abundantes nas relações interpessoais. Na esperança de que este libelo contra essas aberrações há de contribuir para um ideal fortalecimento dos sagrados laços de afetividade e fraternal convívio no âmbito familiar e societário.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
CRENDICES E SERVILISMO
O mundo está de cabeça para baixo. Valores invertidos, o inusitado acontecendo. A torrente noticiosa por vezes atordoa. Fruto da globalização, uma diuturna caudal informativa agride nossos cerebelos. Acidentes, roubalheira, assaltos, politicagem, corrupção, fratricídios e mais uma hecatombe de flagelos a conturbar a vida terrestre. Alguém já disse: se os preceitos religiosos surtissem benefícios sobre a crendice, a humanidade estaria salva! Não obstante, já lá vão mais de dois mil anos de fanatismos, trombeteios, pregações e catequeses, sem resultado! Contraproducente o efeito, à luz do transcorrer dos séculos. É o homem se autodestruindo e emporcalhando a natureza, que reage, com maremotos, furacões e alagamentos, a recobrar o espaço que lhe foi subtraído. Em contrapartida, ressalta o poder de mando do país mais armamentista do mundo, soberano de todas as vontades. Antes liderado pelo prepotente Bush, deus da guerra, agora por seu seguidor Obama. Obcecados, ambos, pela sede de poder e responsáveis por uma avalanche de crimes, intervenções e trucidamentos. Sob a sanha de interesses mercantis e eleitoreiros e acobertados pela complacência e servilismo da ONU, cujo primacial dever seria zelar pela paz mundial e garantia dos direitos fundamentais do ser humano.
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