Relembro meu retorno ao pago. Regresso comovente, embebido de
encanto e ternura pelo reencontro com as origens e as graças de abraçar amigos.
Santiago, cada vez mais linda e fulgurante! Perambulei pelas ruazinhas da minha
infância. Parei nas esquinas da vida, compungido por ternas emoções, lembrando
afetos que já foram, perdidos na poeira dos tempos... Ah, os dias de outrora,
que não voltam mais! Prédio do cinema antigo, ainda de pé; minha casa, sobrado
da Rua dos Poetas, incólume, à sombra de tantas lembranças; assim, a velha
estação férrea, palco de partidas e chegadas, de quimeras, de risos, lágrimas,
despedidas. Revejo o trem apitando na curva, a maria-fumaça resfolegante, gente
alvoroçada com a vinda – quem sabe? – da pessoa amada! À luz do poente, tornei a palmilhar,
solitário, meditativo, a gare deserta. Realimentei sonhos e fantasias. Hoje,
repaginada, embelecida, ali ressurge, imponente, a Estação do Conhecimento.
Fidedigno emblema do desenvolvimento citadino. Em louvor aos novos rumos que
despontam no horizonte, deixo de lado nostálgicos recuerdos. Os trilhos da estação - linhas paralelas que
apontam para o infinito - enquadram a simbologia perfeita para os caminhos de
Santiago, numa brilhante apoteose travejada de progresso, cultura e civilização.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
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