quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CAPRICHOS DO DESTINO


Sorte, agente aleatório, capaz de mudar os fados, num lampejo. Creio na destinação, nos caminhos adrede traçados pelo incognoscível. O imponderável corrigindo rumos e transmudando rotas. Há quem ao acaso atribua os fortuitos eventos que norteiam fadários. Seria previsível a sorte? Maquiavel, ferino e mordaz, a equiparava à mulher, aconselhando arrojo e impetuosidade para atraí-la. Tal como em relação ao belo sexo, digo eu, não adianta procurar a sorte: só a fingida indiferença carreia alguma força atrativa! Vida, arte do encontro, segundo Vinícius. Será que penderia a fortuna para os mais encontradiços no meio social? Recursos a oferendas,sacrifícios,trevo de quatro folhas, bobagens... Eficazes seriam: imaginação, pensamento positivo, a lei da atração. Assim como o cavalo encilhado, a “buena suerte” passa e não volta, adstrita a oportunidades e circunstâncias. Muitas invocações, poucos os favorecidos! Afortunados haverão de ser, por fim: os que trazem no olhar o refinado gosto pela vida, o sorriso escancarado de felicidade, pela simples razão de existir e cultivar afetos. Assim serão os espíritos bafejados pelas dádivas, aureolados todos em rútilas vibrações de luz e a espargir bênçãos, num harmonioso convívio com todos os seres vivos que habitam a mãe natureza!

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