Difícil agradar a todos durante todo tempo. Daí a imperiosidade de variar assuntos, com alternâncias entre lirismos e enfoques polêmicos. A atualidade política me faz, por vezes, perder a paciência e verberar sobre pérfidas colocações. “Si hay gobierno, soy contra!”, frase de conotação anarquista, transmissiva de revolta contra engodos, corrupção, desigualdades e malversação de verbas. Situacionistas relevem a denúncia, mas há tanta coisa errada no trato da coisa pública que é imperdoável calar. Decepcionada com o pífio desempenho do PIB, cujos parâmetros dão a medida exata do desenvolvimento pátrio, a Presidente sofismou, dias atrás, procurando minimizar o retrocesso da economia. Tergiversou, ao afirmar que o importante é a preocupação com as crianças e adolescentes... Ora, tenham paciência, a ninguém é lícito ignorar que os nossos índices de mortalidade infantil se equiparam aos dos povos mais atrasados do mundo! Meninos de rua ao relento, sem escola, drogados, vivendo nas sarjetas! Ensino público, um descalabro! De nada adianta brandir com o ludíbrio, propalando inverdades, quando a realidade salta aos olhos, gritante, escancarada, colocando a nu o nosso doloroso estado de penúria e miséria social. Indago, enfatizando o despropósito da contradição: como compatibilizar o incremento da educação e o necessário amparo assistencial devido à infância, com a absoluta carência de recursos e finanças combalidas?
segunda-feira, 23 de julho de 2012
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