Incumbe ao escritor alternar temáticas, para não saturar leitores. Hoje, floreando odes primaveris. Passados os meses outonais, dias sombrios recobertos de plúmbeas nuvens agourentas, saudemos a nova roupagem da natureza, ora revestida de refulgentes brilhos! Jubilosos pela renovação do universo, agora a pincelar, em suaves tonalidades, um enquadre matizado de rutilâncias e resplendores realçados pela tepidez dos clarões de sol. Paisagem enriquecida, à tardinha, pelo estrídulo canto vesperal das cigarras, adornando a mansuetude da hora crepuscular. Num sequencial de noites enluaradas, estelares, com o aureolado encanto da sempiterna cintilação de vagalumes, em andejos pelas verdejantes matas nativas. Raiar do dia, em madrigais, descerrando outro deslumbrante cenário: um alvorecer ornado pelo alegre gorjeio de afinados sabiás, trinos dando alvíssaras aos fulgores da natureza, sob o balouçante sopro da brisa nas rebrotadas ramagens do arvoredo. São homenagens laudatórias à estação do amor, retemperadas em fulgurantes reverberações de vertigens, chamas e emoções inspiradoras de românticos acasalamentos, trocas de afetos, carícias, num reverente culto à perpetuação da espécie, com ressonâncias de febris desejos que resplandecem em hinários de exaltação ao renascer da vida!
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
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