Prossigo brandindo com a minha escrita adstrita às regras da ortografia antiga. Maioria ignora, a vigência do malsinado acordo ortográfico da língua portuguesa foi prorrogada por mais três anos (Decreto 7875/12, assinado pela Presidente). Daí porque suas desconexas alterações só deverão ser seguidas, obrigatoriamente, a partir do ano de 2016! Não obstante, a efetivação do servil intento ficará condicionada, ainda, à compatibilização e ajuste entre as diversas correntes que se opõem ao esdrúxulo projeto. Quer dizer, tudo ficou para as calendas gregas! Por outro lado, não se deve olvidar que a extemporânea reforma fora impulsionada, ironicamente, por ex-presidente pródigo em barbarismos, avesso à leitura, inimigo do vernáculo e admirador da “maviosa” música sertaneja! Tais desvarios só criaram confusão e desestímulo para os estudiosos, contribuindo para o atraso cultural da nação. “Ultima flor do Lácio, inculta e bela...” assim se referia Bilac à língua portuguesa, num inspirado poema publicado cem anos atrás! O idioma é fundamento basilar da soberania. Rico em sonoridades, sinonímia e expressividade, dá pena ver o vernáculo tão maltratado pela cidadania, vilipendiado pelo vício de papaguear inglesismos. É o complexo de vira-latas, como diria Nelson Rodrigues! Insegurança, baixa estima e simiesco espírito imitativo são próprios da ignorância e falta de educação, corolários de um processo degenerativo propagado por uma súcia de vendilhões que espertamente enche as burras, faturando em cima da maquiavélica tramoia.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
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