quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

DIGRESSÕES MAL DIGERIDAS


Dando seguimento à temática a que me propus, em texto anterior, incursiono agora no infértil terreno de temerárias elucubrações sobre a alimentação nossa de cada dia. Inicío pela assertiva de que o homem é aquilo que come; e, por minha conta, acrescento mais: também é aquilo que bebe. A começar pelo leite, o chamado "suco de vaca". Veneno puro. Ocorre que as vacas "modernas" são todas criadas, hoje, em ambientes distintos das pastagens naturais, como antigamente. Para que produzam maior quantidade de leite, sua alimentação é incrementada com ração industrializada, antibióticos e hormônios. Como se não bastasse, os tecidos gordurosos do bicho são contaminados por substâncias cancerígenas, pesticidas, dioxina e resíduos diversos. Tudo isso é transferido para o leite e a carne, com seqüela de inflamações, mastites e infecções no úbere das vacas, advindo daí necessidade de aumento da carga antibiótica.Ora, dirão, mas o leite é pasteurizado! Ocorre que, com esse processo,enzimas importantes são destruídas, tornando-o difícil de ser digerido. O leite magro e aquoso é outro engodo, porque menos saudável ainda. Sem a gordura, o nosso organismo não pode assimilar as vitaminas e sais minerais porventura existentes. Assim como o famigerado leite em pó, que lhe é adicionado,cujo colesterol desnatado sofre oxidação , tornando-o rançoso e fator determinante de doenças cardiovasculares. A totalidade dessas colocações são válidas para todos os derivados do leite, abrangendo queijos e lactiníos em geral! Para não falar, ainda, nas famigeradas embalagens de tais produtos, armazenados em caixas, plásticos, alumínios e mais recipientes, via de regra tranportados em condições insalubres, sem refrigeração adequada, propiciando a reprodução de germes, bacilos, coliformes e toxinas de natureza vária. Colocadas essas premissas, vale ressaltar que não somos bezerros! O estomômago de tais quadrúpedes, segundo os estudiosos, é muito diferenciado do nosso, especialmente levando em conta sua conformação e estrutura, que só são adequadas para a nutrição e crescimento de um animal bovino daquele porte e envergadura. Atente-se para o fato de que homem é o único ser existente na fauna terrestre que continua a se alimentar com leite, após superada a fase de amamentação. E mais, a maioria dos povos de outros continentes não consome leite! Pergunto agora: Será que somos mamíferos? E o cálcio? Ora, o cálcio existe em outras tantas variedades alimentícias, e com maior propriedade. E por que não sorvemos leite de outras alimárias, das cadelas ou macacas, por exemplo? Atentem para o fato de que, por detrás da torrencial avalanche divulgadora dos benefícios(?) do malsinado produto e seus deriváveis, existe um império, uma poderosa rêde indústrial de multinacionais americanas,auferindo lucros fabulosos com a propaganda e mercantilização de tais derivados das glândulas mamárias das fêmeas bovídeas. Dando sequência aos meus questionamentos expendidos no texto anterior, indago: por que tantas doenças e mazelas que cada vez mais afligem os humanóides? Por que o homem continua, hipocondríaco, a se entupir de remédios? Por que é quase inatingível uma velhice saudável? Não será por causa desses venenos? Não será porque foi desprezada a alimentação natural e passamos a nos empanzinar com industrizalizados, sabidamente compostos de nitritos, gorduras trans, corantes, edulcorantes, sal refinado e outras porcarias cancerígenas? E as frutas e verduras, todas impregnadas de pesticidas? E os açúcares e farináceos refinados, subtraídos de qualquer valor alimentício? E os frangos? As pobres penosas são, agora, criadas longe dos terreiros onde ciscavam, hoje confinadas em barracões e sob luz artificial, também carcomidas por hormônios e antibióticos,para acelerar seu desmesurado desenvolvimento, a curto prazo, visando o imediatismo do lucro. Será por isso que o homem hodierno está se tornando impotente, afinando a voz e se afeminando? E as carnes, via de regra mal conservadas, a começar com a hedionda matança das pobres alimárias, com seqüelas advindas do seu envenenamento sangüíneo, complementado por hormônios, antibióticos e mais produtos tóxicos, administrados para sua criação e engorde? E o consabido processo de putrefação intestinal sofrido pelo homem durante o seu lento processo digestivo? E a água que consumimos no dia-a-dia, contendo elevados índices de flúor, cloro, alumínio e coliformes fecais? Para não falar no seu acondicionamento em condenáveis garrafas plásticas, que lhe passam toxinas que proliferam durante o transporte, sob o calor do sol... Chega! Peçamos clemência. Vade retro Satanaz! É preciso uma varredura nos arraigados habitos alimentares que a ganância mercantil nos impingiu. Mens sana in corpores sano, é o princípio que deve nortear nossa conduta, com os olhos fitos nas benesses a serem proporcionadas por uma vida sadia, livre da virulência dessas porcarias que intoxicam as nossas combalidas carcaças. Como arremate, exsurge, por relevante, um questionamento final: como sobreviver livre de tais excrementos? onde adquirir alimentos sadios, se os supermercados citadinos estão abarrotados de produtos industrializados, de livre comércio e fiscalização duvidosa? como evitar a morte por inanição? Valha-nos Deus! Pausa para meditação...

Um comentário:

Anônimo disse...

Meu caro amigo
Que bom poder beber novamente nesse poço de conhecimento,,,,já fazia dias que procurava nova postagem tua sem sucesso, mas,entendo,época de festas, reuniões familiares etc etc.,troca de idade rsrsrs.
Obrigado por mais esses esclarecimentos aqui colocados por ti e que no corre corre do dia a dia não nos damos conta que não mais encontramos nata no leite(aguado)nosso de cada dia etc,etc.
Parabens novamente pela clareza com que ves e colocas as coisas do dia a dia .