terça-feira, 10 de janeiro de 2012

GIGANTISMO E DESGOVERNO



Floripa alternando dias ensolarados com chuvaradas, temperatura amena, praias cheias, gente aproveitando as delícias do mar. Em frontal oposição à estiagem no Sul e alagamentos em outros Estados, morros desabando, casas destroçadas pela intempérie. De um lado, as queimadas, plantações torrificadas, abrasando o verdor do pago; de outro, gente chafurdando no lodaçal, vidas destruídas, o fragor da miséria! Contrastes de um país de dimensões geográficas descomunais! Dever de todos acompanhar a problemática ambiental e suas sequelas no meio social. Nesse cenário contristador, causa revolta a incúria, o desleixo e a imprevidência dos governantes no enfrentamento desses flagelos que atormentam o solo pátrio. Maioria só pensando na eleição, alienada desses prioritários encargos. Estadistas deveriam possuir formação especializada para o bom desempenho do mandato. A política é uma ciência da qual poucos entendem, muito menos alguns politicóides! Vivemos num País continental. O cone Sul, com suas peculiaridades, clima, raízes, tradições... O restante da nação apresenta discrepâncias e peculiaridades próprias: outros costumes, distinto linguajar, características inconfundíveis. Só para ilustrar, o Uruguai, já designado “Suíça sul-americana“, possui área geográfica equivalente ao nosso Rio Grande, facilitando, sobremaneira, o controle das finanças e da corrupção. Separatismo? Tresloucado sonho, utópica fantasia! Vedado pela constituição, que poderia, em tese, ser reformada. E o nosso gigante adormecido, com esse diferencial étnico e consuetudinário, como gerir e administrá-lo, concentrando os caprichos do mando numa só criatura, deslumbrada pelo poder e soberana de todas as vontades?!

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