sábado, 11 de fevereiro de 2012

DIGRESSÕES ERRADIAS


Por injunções circunstanciais sou propenso a suavizar a temática, optando por textos leves e descompromissados com a realidade político-econômica brasileira. Receoso de que assuntos de maior relevância sobre a atual conjuntura não encontrem ressonância nem receptividade junto ao foro citadino. Assim, ainda que pesarosamente, sou forçado a admitir que vivemos num país que não é serio, sabido que para uma maioria apassivada sobrelevam interesses voltados para o consumismo, a balada, o futebol , a jogatina e o carnaval. Nesse particular, o cenário pátrio se apresenta contristador! Fazendo coro a essas desafinadas orquestrações, a mídia se restringe ao enfoque de politicagens, em descompasso, contribuindo para que outros temas de ordem prioritária sejam relegados a plano secundário. Influentes órgãos da imprensa nacional estão atrelados aos governantes. Num deprimente espetáculo de vassalagem, se esmeram em babujar os poderosos, com mãos estendidas e pegajosas, a rogarem, súplices, as sobras do banquete. Mas a nossa Santiago - sobranceira “Terra dos Poetas” - a tudo isso se sobrepõe, num grandiloquente exemplo de altivez e soberania, orgulhosa do seu jornal e do invejável descortino dos seus representantes.

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