segunda-feira, 21 de setembro de 2009
MONOPÓLIO DA INFORMAÇÃO
O processo informativo brasileiro, de modo especial no concernente ao noticiário de fatos políticos e econômico-financeiros, assemelha-se a verdadeiro monopólio.Valho-me de propositada metáfora para pincelar esse quadro doentio e sua etiologia, que tem nascedouro nos apátridas e vendilhões do templo, com tentáculos desdobrados nas grandes cadeias aglutinadas em centenas de corporações midiáticas, facilmente identificáveis. São elas que, de maneira sórdida, solertemente manobram no sentido de achincalhar as nossas tradições, avacalhando aquilo que um País tem de mais sagrado, que é a educação do povo, sua cultura e o seu idioma. Desgraçadamente,foram tais agrupamentos aquinhoados como detentores do monopólio da informação, a troco de barganhas, favorecimentos e privilégios. Tudo resultante da concessão de enormes cadeias de jornais, rádios e televisões a soldo dos poderosos e a serviço de escusos e inconfessáveis interesses políticos ou religiosos. Abstração feita a raras e honrosas exceções, tais formidáveis grupos constituem potentes órgãos difusores da distorção e da inverdade, especializando-se em fazer a lavagem cerebral da plebe e dando destaque a crimes, falcatruas, jogatinas, contendas esportivas, estimulando a alienação, o supérfluo e todo tipo de safadezas. Esmeram-se tais conglomerados no desvirtuamento da realidade,fazendo apologia da burrice, espezinhando as nossas raízes, desprezando os nossos costumes, papagueando a praga dos vocábulos na língua inglesa, impingindo músicas alienígenas e popularescas de baixa qualidade, ritmadas por rocambolescos trejeitos e macaquices americanófilas. À testa dessas poderosas cadeias se enfileiram os amigos do rei, seus cupinchas e apaniguados, verdadeiro cipoal de politiqueiros e sua rede formada por compadrescos e aparentados. O mal tem sua orígem lá no planalto, espraiando-se tal qual repugnante cancro, pestilento e gangrenoso, a se irradiar em metásteses e malcheirosos pruridos. Possui orígem na falta de patriotismo, na ganância e na sede de poder. Os politiqueiros, esses parasitas, são endeusados pela mídia, entronados em palcos, palanques e vitrines. Parece que foi Lincoln quem disse, se queres conhecer um homem, dá-lhe o poder. O poder corrompe, infla as vaidades, concede a ilusão do mando e da riqueza.Na ordem do dia uma infeliz declaração de corifeu do poder, decantando as vantagens da estatização. Nietzche, do alto da sua sabedoria, já observara que onde começa o Estado aí termina o indivíduo.Minha advertência final: é preciso desmistificar os políticos, dessacralizá-los, subtrair-lhes essa aura principesca de influentes manda-chuvas. Devemos encará-los como seres comuns, nossos mandaletes, pois lá estão para nos servir e dar cumprimento às promessas de campanha. São pagos por nós, sustentados por nós, e por isso a nós assiste o impostergável direito de olhá-los de frente, cara a cara, exigindo e cobrando deles aquilo que for de seu dever, como nossos representantes, denunciando seus desvios de conduta sob pena de rigorosa e exemplar punição.
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Um comentário:
Jayme é a mais pura vedade, conseguisses colocar a verdade que infelizmente não é o que a maioria pensa ou melhor não tem coragem de "colocar pra fora".Se assim o pensassem, tenho a certeza que já não estaríamos nessa situação caótica, de mandos e desmandos ,de falsos poderosos e o povo já estaria na rua , de cara pintada novamente.Parabens Indio velho .
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