terça-feira, 29 de março de 2011

A CIÊNCIA DE VIVER


“O inferno são os outros”, advertia Sartre. Assertiva profunda, de longo alcance. Imprevisível o ser humano nas suas reações comportamentais. O homem já não morre de infecções, mas de ira e desgostos. As neuroses são influenciadas pelas emoções. Difícil o ponto de equilíbrio: seremos felizes na medida em que soubermos esquecer. É preciso deixar de lado melindres e suscetibilidades, agindo com tolerância, habilidade e diplomacia no trato das incompreensões. Cada um tem seus projetos, os conflitos surgem quando eles se sobrepõem. A convivência é necessária até como referencial da essência do ser, da percepção daquilo que se é representado, tal com refletido nos olhos dos outros. Disparo do alarme e sinal de alerta para os incautos: vita brevis! Tendo isso presente, de nada servem as desavenças, os conflitos e malquerenças por motivos fúteis, ferindo o emocional dos semelhantes. É preciso cautela para não magoar e consciência para que prospere a concórdia. Livres dos caprichos e veleidades que só danos acarretam ao mundo espiritual e corpóreo, entravando o salutar convívio, fonte benfazeja da fraternidade universal. Sem esquecer, jamais, que a ninguém é dado ser feliz sozinho ou guardando ressentimentos. E que alegrias compartilhadas serão sempre venturas redobradas!

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