sexta-feira, 4 de março de 2011

CASTRAÇÃO MENTAL




Pobre nação, em cujo solo prepondera o interesse de uma casta, em contraponto à maioria dos seus habitantes. Pregar no deserto é falar em controle da natalidade, num País onde viceja a multiplicação de gente paupérrima, a se reproduzir feito ratazanas. Tudo porque anacrônicas e obtusas crenças religiosas a tanto se opõem. Assim como governantes e legisladores, conluiados numa conivente omissão, sabido que o enquadre do problema há de lhes trazer desprestígio político e nenhum dividendo eleitoral. Enquanto isso, o crime se alastra! Num hediondo cortejo de fome e miséria, acoplado a uma amálgama de doenças e mazelas a recair sobre uma população empobrecida, que sucumbe à míngua de recursos mínimos para sua sobrevivência. O índice de mortalidade infantil se equipara ao dos povos mais atrasados do mundo! É uma hecatombe nacional, para nosso opróbrio e vergonha, a falta de segurança, de educação, de assistência médico-hospitalar e saneamento básico, com os subprodutos do flagelo e destruição da fauna. Os responsáveis por tais descalabros se esmeram em pastorear seu amestrado rebanho, que é o povo, fazendo-o marchar, em melífluos balidos, rumo à sua final tosquia e castração. Inconseqüentes, não passam eles de reles espertalhões, a se apascentar da desgraça alheia, cevando-se nessa ignominiosa torpeza.

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