quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O REI ESTÁ NU


Por vezes, é preciso perder a paciência e verberar sobre pérfidas colocações encenadas nas propagandas eleitoreiras dos petralhas. “Si hay gobierno, soy contra!”, frase de conotação anarquista, transmissiva de revolta contra engodos, desigualdades sociais e malversação de verbas. Governistas, relevem o libelo, mas há tanta coisa errada no trato da coisa pública que é imperdoável calar, sob pena de complacência com o descalabro reinante. Fragilizada com o pífio desempenho do PIB, cujos parâmetros dão a medida exata do desenvolvimento pátrio, a presidente/ candidata tergiversou ao afirmar que a situação está sob controle, inflação contida, desemprego em baixa. Fruto da incompetência, é manifesto o retrocesso da nossa economia, retração nos negócios, comércio falido, vendas estagnadas, miséria, poluição, saneamento básico inexistente, saúde caótica, insegurança, população desassistida, corrupção desenfreada, impunidade, greves, tráfico, terrorismo, guerra civil, é um salve-se quem puder! Nossos índices de mortalidade infantil se equiparam aos dos povos mais atrasados do mundo! Meninos de rua ao relento, sem escola, drogados, vivendo nas sarjetas, - assassinos em potencial! Ensino público, uma calamidade! De nada adianta brandir com o ludíbrio, escamoteando verdades, quando a realidade salta aos olhos, gritante, escancarada, colocando a nu o nosso doloroso estado de penúria social. Indago, ao enfatizar o despropósito das contradições governamentais: como compatibilizar o incremento do emprego, do processo educacional e o necessário amparo devido à infância, com a absoluta carência de recursos e finanças combalidas?...

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