sexta-feira, 7 de outubro de 2011

NO PICADEIRO DA VIDA


Geração desnorteada. Pais deveriam educar pela força do exemplo. Tempos houve em que faziam sacrifício pelos filhos! Hoje, com recursos da cosmética, cirurgias plásticas e maior longevidade, mudaram os hábitos. Mães, outrora havidas como decrépitas vovós, hoje pavoneiam nos shoppings e baladas, na ilusão de preservar uma juventude esmaecida. E os maridos, coniventes com a prática de enganar a marcha do tempo, são coadjuvantes nessa peça encenada nos palcos da vida. Invocável o “ridendo castigat mores”, frase de Molière, para glosa desse tragicômico cenário. Só pelo riso poderiam ser castigados os costumes do borboleteio feminil! Atualíssima a velha recomendação: nunca assobie para a mulher que está saindo do salão de beleza, pode ser a sua avó! Para o bem da harmonia do lar, válido romper as maneias que apresilham os vitimados pelo voejar das madames. “De repente, livre dos grilhões ferinos/e assim liberto dos sociais enleios, /pode o homem, entoando hinos, refocilar-se à toa, em devaneios...”, antigos versos meus, trazidos à colação. Mesmo pagando alto preço pela liberdade, incumbiria ao varão, qual Quixote hodierno, de lança em riste, arremeter contra os femíneos descaminhos, fazendo prevalecer a voz da razão, para resguardo dos sagrados liames familiares.

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