
Geração desnorteada. Pais deveriam educar pela força do exemplo. Tempos houve em que faziam sacrifício pelos filhos! Hoje, com recursos da cosmética, cirurgias plásticas e maior longevidade, mudaram os hábitos. Mães, outrora havidas como decrépitas vovós, hoje pavoneiam nos shoppings e baladas, na ilusão de preservar uma juventude esmaecida. E os maridos, coniventes com a prática de enganar a marcha do tempo, são coadjuvantes nessa peça encenada nos palcos da vida. Invocável o “ridendo castigat mores”, frase de Molière, para glosa desse tragicômico cenário. Só pelo riso poderiam ser castigados os costumes do borboleteio feminil! Atualíssima a velha recomendação: nunca assobie para a mulher que está saindo do salão de beleza, pode ser a sua avó! Para o bem da harmonia do lar, válido romper as maneias que apresilham os vitimados pelo voejar das madames. “De repente, livre dos grilhões ferinos/e assim liberto dos sociais enleios, /pode o homem, entoando hinos, refocilar-se à toa, em devaneios...”, antigos versos meus, trazidos à colação. Mesmo pagando alto preço pela liberdade, incumbiria ao varão, qual Quixote hodierno, de lança em riste, arremeter contra os femíneos descaminhos, fazendo prevalecer a voz da razão, para resguardo dos sagrados liames familiares.
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