quinta-feira, 27 de outubro de 2011

TANGENCIANDO VERDADES


Folga para críticas à politicagem, corrupção e desgovernos. Embora reine o caos no País da impunidade! Ineficazes os libelos, a revolta e a indignação. A ovelha perde o pêlo mas não perde o vício. Volto-me para amenidades, saudando o despertar da natureza e o reflorescer primaveril. Revivo o bucolismo das cidades interioranas, seus costumes provincianos, a vida transcorrendo tranquila, a despacito no más! Casais enamorados, beijos roubados ao entardecer. Sexo com as donzelas nem pensar! Quando muito, mãos trêmulas acariciando seios alabastrinos. Temor do “casamento na polícia”, o cristão, estremunhado, levado ao sacrifício, em holocausto pelo abuso praticado. Resquícios da repressão sexual, verdadeiro agravo aos sadios princípios biológicos, fator determinante das neuroses e mais enfermidades da alma e do corpo. Daí porque julgo oportuno trazer à baila pertinentes considerações feitas pelo prefaciador do meu livro “Os Seios de Joana”, a propósito dos preconceitos sexuais e da falsa moralidade ainda predominantes: azar, dizia ele, dos que são lerdos ou não gostam de sexo, pois a dinâmica da vida não perdoa os que dormem (sozinhos). Ao socorrer-se de Oscar Wilde, admoestava, por fim, que não se deve resistir às tentações, pois pode ser que elas não voltem...

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